Espaço Herculano Pires

Fonte

Salão da exposição

Preciosidade e independência

A peça mais valiosa da coleção está neste módulo: uma das moedas cunhadas à época da ascensão de D. Pedro I ao trono de imperador do Brasil. Além desse exemplar, incentiva-se reflexões acerca do quesito raridade na ótica colecionista e dos regimes colonial, imperial e republicano.

Coin 1 Coin 2

Moeda de ouro de 1822, no valor de 6400 réis

Coin 3 Coin 4

Moeda de ouro de 1824, no valor de 6400 réis

A peça da coroação

Peça mais valiosa da coleção. Para comemorar sua ascensão ao trono como imperador do Brasil em 1822, D. Pedro I autorizou a cunhagem de moedas. Assinada pelo gravador Zephérin Ferrez, ela foi fabricada pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro e é considerada a moeda mais rara da numismática brasileira. Foram produzidos 64 exemplares e existem 16.

Ao perceber que a moeda não atendia às suas expectativas, o imperador ordenou a suspensão da cunhagem. Ela foi cunhada com o brasão real português em vez do brasão imperial brasileiro; sua superfície omite as legendas CONSTITUCIONALIS (constitucional) e o complemento ET PERPETUUS BRASILIAE DEFENSOR (e perpétuo defensor do Brasil) e a imagem do imperador o representa com o busto nu com uma coroa de folhas de louro. Após ser modificada, a segunda versão da moeda, de 1823, traz D. Pedro I fardado.

Coin 3 Coin 4

Moeda de ouro de 1729, no valor de 1600 réis

Coin 5 Coin 6

Moeda de ouro de 1768, no valor de 3200 réis

Coin 7 Coin 8

Moeda de prata de 1830, no valor de 320 réis

Coin 1 Coin 2

Medalha Inauguração do Museu Herculano Pires de 2000

Coin 9 Coin 10

Medalha Campanha do Uruguay de 1852

As mais raras peças

Desde a Antiguidade, as moedas são produzidas em muitos exemplares. Em alguns casos, se transformam em peças de colecionador devido à sua raridade.

Vários aspectos podem tornar uma moeda rara: o número de peças emitidas, o contexto inserido, o estado de conservação, os erros no processo de cunhagem e a data de lançamento. Vale ressaltar que moedas antigas não necessariamente são raras, o que importa é a classificação delas e suas especificidades.

Fatores históricos também podem influir para que moedas sejam consideradas mais raras, como dispersão, retirada de circulação, fusão, etc. Algumas cunhadas em número elevado, com o tempo, podem ser consideradas mais incomuns do que outras cunhadas em quantidades consideravelmente menores. Assim, o grau de raridade se refere à dificuldade em se encontrar determinada moeda.

Coin 3

Condecoração Imperial Ordem da Rosa

Coin 1

Condecoração Imperial Ordem da Rosa

Coin 3

Condecoração Ordem Imperial do Cruzeiro do séc. XIX

Coin 1

Condecoração Ordem Militar de São Bento de Aviz do séc. XIX

Coin 3

Condecoração Ordem de Cristo - Placa de Comendador

Coin 1

Medalha-estojo com a Constituição de 1824

Coin 1

Condecoração Imperial Ordem do Cruzeiro do séc. XIX

Coin 3

Moeda de cuproniquel de 2022, no valor de 2 reais

O Brasil Independente

A construção da imagem nacional durante a história do Brasil independente trouxe continuidades em suas representações desde o Brasil colônia – o que reflete na numismática brasileira.

As primeiras moedas da independência mantêm o padrão do período colonial, com pequenas alterações e adequações à nova situação política. Nas versões em ouro e prata, as armas de Portugal foram substituídas pelas do império com a inserção da frase “in hoc signo vinces” – “com este sinal vencerás”. No expositor, temos a moeda de ouro aprovada por D. Pedro I.

Nas comemorações do IV Centenário da Independência, observamos nas moedas comemorativas as representações de mitos fundadores da chegada dos portugueses, desconsiderando outras personalidades de nossa história – o que nos leva a refletir sobre os processos de cunhagem da moeda também como apagamento de uma memória.

Coin 1 Coin 2

Medalha 3ª Exposição Nacional - D. Pedro II e D. Thereza Christina de 1873

Coin 3 Coin 4

Medalha Lembrança de D. Pedro II de 1889

Coin 5 Coin 6

Medalha Pedra Fundamental da Matriz da Nossa Senhora da Gloria de 1842

Coin 7 Coin 8

Medalha Comissão Executiva no Ceará de 1913

Coin 9 Coin 10

Moeda de ouro de 1833, no valor de 6400 réis

Coin 11 Coin 12

Moeda de prata de 1869, no valor de 2000 réis

D. Pedro II: um longo reinado

Pedro II nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1825, e morreu em Paris, em 5 de dezembro de 1891. Foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo governado o país por 49 anos e assumido o trono com apenas cinco anos, após a abdicação do pai. Era o filho mais novo de Pedro I e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria.

A escravidão foi motivo de desestabilização da monarquia. Por mais que as leis abolicionistas tenham sido gradativas, atingiram a propriedade privada dos senhores de engenho e dos fazendeiros, os súditos mais fiéis de D. Pedro II.

Considerado patrono das artes e das ciências, iniciativas de Pedro II foram fundamentais para os incrementos dos primeiros museus brasileiros.